Era uma linda tarde de domingo, e o parque estava lotado de visitantes. Entre eles, um homem alto, vestindo um longo casaco escuro, caminhava lentamente pela trilha, ladeado por três grandes pastores alemães que o acompanhavam de perto.
A princípio, as pessoas admiraram a visão impressionante. Mas, depois de um momento, uma menina de oito anos chamada Mara agarrou a mão da mãe, nervosa, e sussurrou:
“Mãe, os cachorros não estão piscando…”
Sua mãe olhou atentamente e notou algo estranho. Os cães caminhavam em formação perfeita, sem olhar ao redor, cheirar, latir ou sequer piscar. A multidão começou a sussurrar entre si.
“Isso é normal?”, perguntou um idoso sentado num banco.
O homem com os cachorros levantou levemente o capuz e sorriu levemente enquanto olhava ao redor. Seus olhos eram suaves, porém pálidos, e ele parecia cansado. Ele se abaixou na direção de um dos cachorros, fazendo com que os espectadores tensos recuassem rapidamente — mas do peito do cachorro veio um gemido suave.
Um adolescente segurando um celular se aproximou para gravar e perguntou:
“Senhor, está tudo bem? Os cachorros parecem indispostos…”
O homem suspirou profundamente e, em voz baixa, respondeu:
“Não, eles não estão doentes… eles foram salvos. Foram abandonados, maltratados e doentes. Encontrei-os num campo fora da cidade. O veterinário disse que as chances deles eram baixas, mas eu me recusei a desistir. Há dois meses, cuido deles todos os dias — alimentando-os, passeando e falando com eles… eles ainda têm medo de pessoas.”
Um silêncio tomou conta da multidão enquanto a perspectiva mudava. Os cães não eram perigosos — estavam assustados. Seu comportamento estranho vinha do medo e da desconfiança.
“Coitadinhos…” murmurou uma senhora idosa, enxugando as lágrimas dos olhos.
Mara deu um passo à frente lentamente, segurando um doce.
“Posso acariciá-los?” ela perguntou suavemente.
O homem sorriu calorosamente desta vez e assentiu:
“Se você for gentil e lento, sem movimentos bruscos.”
A menina ajoelhou-se ao lado do cachorrinho menor, que tremeu, mas permaneceu imóvel. Mara estendeu o doce e, depois de um momento, o cachorro timidamente cheirou sua mão e o aceitou.
As pessoas se aproximaram cautelosamente, permitindo que seus filhos acariciassem os cães. Sentindo-se seguros, os animais começaram a relaxar.
Um menino foi buscar água na fonte e uma mulher compartilhou alguns pretzels.
“Prazer em conhecê-lo”, disse o homem. “Meu nome é Victor.”
“Sou Mara! E estes são meu pai e minha mãe!”, exclamou a menina, orgulhosa.
Logo, a multidão antes amedrontada se reuniu em torno de Victor, oferecendo comida e água e perguntando sobre os cachorros. Sua história tocou o coração de todos.
Daquele dia em diante, Victor visitava o parque com seus cães todos os domingos. Mara, seus amigos e muitos outros aguardavam ansiosamente a chegada deles. Os cães se tornaram figuras queridas no parque, e os recém-chegados frequentemente ouviam as crianças dizerem:
“No começo, eles pareciam estranhos, mas agora são nossos! Os cães mais bem-comportados daqui!”
E Mara ainda carregava um doce no bolso — para o cachorro que foi o primeiro a aprender a confiar.
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