

Aos 55 anos, minha vida era uma bagunça. Meu casamento e minha vida familiar tinham acabado. A única coisa que me mantinha sã era meu romance. Minha melhor amiga, Lana, apareceu um dia.
“Chega”, disse ela. “Vamos para as ilhas. Você precisa de um descanso. Vamos nos divertir!”
Eu fiquei tipo, que diabos, vamos lá.
Foi então que o Eric apareceu. Gostoso, inteligente, doce e tão charmoso — ele tinha tudo. Eu sabia que a diferença de idade era ridícula, mas quem se importa? Não consegui resistir a ele. Tivemos uma noite mágica, e pensei, finalmente, um novo começo.
Mas na manhã seguinte? Nada de Eric. E pior, nada de arquivos no meu laptop com meu romance inteiro. Em pânico, corri para o quarto da Lana, mas parei de repente quando ouvi a voz DELE lá dentro.
Eric: Só precisamos apresentar o projeto para a editora certa.
Lana: Ela nunca vai saber o que a atingiu.
Agarrei-me ao batente da porta, com o coração martelando no peito. Não. Isso não podia estar acontecendo.
Dei um passo trêmulo para trás, tentando entender. Eric e Lana? Propondo? Meu livro — minha alma — tinha sumido, e eles estavam bem ali, conspirando para tirá-la de mim.
Meu estômago embrulhou. Eu deveria ter entrado de repente, deveria ter gritado, deveria ter feito alguma coisa. Mas fiquei ali, paralisada, minha mente se recusando a aceitar o que estava acontecendo.
Lana riu, com a voz leve, quase brincalhona. “Ela é tão ingênua, Eric. Ela acha que isso é um romance relâmpago. Meu Deus, ela provavelmente acordou achando que você era o cara.”
Eric deu uma risadinha. “Ela escreve bem, tenho que admitir. Mas é descuidada. Deixar o laptop aberto? Qual é. Ela praticamente nos entregou.”
Eu me senti mal. Cada palavra, cada reescrita de madrugada, cada emoção que eu colocava naquele livro — era meu. Meu. E eles iam roubá-lo.
Não. Nem pensar.
Virei-me e voltei direto para o meu quarto, forçando-me a respirar. Minhas mãos tremiam quando peguei meu celular.
Primeiro, verifiquei meu armazenamento em nuvem. Por favor, por favor, faça um backup.
Nada.
Droga! Eu estava tão paranoico em salvar tudo no meu laptop que nunca fiz backup em nenhum outro lugar. Erro de principiante.
Eu não ia deixar que eles escapassem impunes. Liguei para a recepção do hotel. “Preciso da segurança no quarto 312. Agora mesmo.”
A recepcionista hesitou. “Algum problema, senhora?”
“Sim. Alguém roubou algo de mim, e eles estão naquele quarto agora mesmo.”
Eu não ia dar tempo para Lana e Eric esconderem seus rastros.
Minutos depois, ouvi uma batida na porta. Abri a minha apenas o suficiente para ver um segurança parado ali, com uma expressão levemente irritada.
“Com licença, senhora”, disse ele a Lana quando ela atendeu de robe, parecendo completamente despreocupada. “Recebemos uma denúncia de roubo de propriedade.”
Lana piscou e então abriu um sorriso deslumbrante e inocente. “Roubado? Meu Deus, não. Deve haver algum engano.”
Eric apareceu atrás dela, franzindo a testa. “Do que se trata?”
Entrei no corredor. “Você sabe do que se trata.” Minha voz era áspera, cortante. “Cadê meu livro, Eric?”
Seu maxilar se apertou, mas ele se fez de bobo. “Livro?”
Lana suspirou dramaticamente. “Ah, qual é. Você vai mesmo nos acusar de roubar o seu livro?” Ela cruzou os braços. “Quer dizer, seja sincera, você tem provas?”
Prova. Cerrei os punhos. Ela sabia muito bem que eu não sabia.
O segurança me lançou um olhar cético. “Senhora, se a senhora não tiver nenhuma prova…”
” Sim “, respondi abruptamente. “Verifique os dispositivos deles. Se copiaram meus arquivos, eles estarão lá.”
Lana zombou. “Isso é ridículo. Eu nem—”
Eric a interrompeu. “Certo. Certo.” Ele entregou o telefone com um dar de ombros casual. “Não temos nada a esconder.”
Estreitei os olhos. Ele estava calmo demais. Sabia que eu não encontraria nada.
O guarda verificou o celular dele, depois o da Lana. Nada. Nenhum arquivo, nenhum e-mail, nada que os ligasse ao meu romance.
Senti meu estômago embrulhar.
Lana deu um sorriso irônico. “Viu? Falsa acusação. Eu gostaria de um pedido de desculpas.”
Eu queria gritar. Eles estavam mentindo. Eu sabia. Mas como?
O segurança pediu desculpas, e Lana fez a melhor encenação de “Estou tão magoada” enquanto eu fiquei ali, furiosa e indefesa.
Quando os guardas saíram, ela se inclinou, baixando a voz. “Vocês deveriam ter tomado mais cuidado.”
Eric apenas me lançou um sorriso lento e satisfeito. “Mais sorte na próxima, querida.”
Eles fecharam a porta.
Fiquei ali, tremendo de raiva.
Naquela noite, não consegui dormir. Andei de um lado para o outro no quarto, com a mente a mil.
Então me ocorreu.
Eles não copiaram. Não precisavam . Se tivessem enviado os arquivos por e-mail, haveria um rastro. Mas se os movessem para um pendrive ? Isso não deixaria rastros digitais.
Eu precisava recuperá-lo.
Às 3 da manhã, saí do meu quarto. Eu conhecia os hábitos da Lana — ela dormia como uma pedra, sempre dormiu. Eric? Não faço ideia.
Fui sorrateiramente até a porta. Se eles deixaram o pendrive no quarto…
Lenta e cuidadosamente, deslizei o cartão-chave que havia roubado da bolsa de praia de Lana mais cedo.
Clique.
Eu entrei.
O quarto deles estava escuro. O som do ronco suave de Lana preenchia o espaço. Examinei o quarto, com o coração disparado.
A bolsa do Eric estava na cadeira. Abri o zíper e tateei. Roupas. Uma carteira. E então…
Meus dedos roçaram em algo liso e plástico. Um pen drive.
Entendi.
Virei-me para sair, mas o chão rangeu.
Eu congelei.
Eric se mexeu. Meu pulso disparou.
Ele rolou. Resmungou alguma coisa. Depois ficou imóvel.
Expirei lentamente, então saí pela porta e a fechei suavemente atrás de mim.
De volta ao meu quarto, conectei o pendrive ao meu laptop. Por favor, por favor, por favor.
Lá estava. Meu romance. Cada palavra.
Copiei tudo e enviei para mim mesmo por e-mail, salvei em vários pendrives. Depois, por precaução, apaguei tudo do pendrive.
Eu ainda não tinha terminado.
Na manhã seguinte, entrei no saguão do hotel, de cabeça erguida. Eric e Lana estavam lá, rindo durante o café da manhã.
Fui até eles e deixei o pen drive cair na mesa.
“Você deixou isso cair.”
O rosto de Lana empalideceu. O sorriso de Eric desapareceu.
“Sabe”, eu disse despreocupadamente, “enviei um e-mail para todas as grandes editoras ontem à noite. Contei a elas sobre um pequeno golpe em que um zé-ninguém tenta roubar manuscritos e passá-los como se fossem seus.” Sorri docemente. ” Talvez eu tenha incluído seus nomes.”
Eric ficou tenso. “Você está blefando.”
“Experimente-me.”
Lana se levantou de um salto, encarando-a. “Você—”
Levantei a mão. “Não se incomode. Você perdeu.”
Eu fui embora.
E assim, de repente, eu venci .
Lição aprendida: confie, mas verifique. Nem todo mundo é quem parece. E se você se dedicar de corpo e alma a algo, proteja-o como se sua vida dependesse disso.
Compartilhe isso se você já teve que enganar alguém que tentou tirar vantagem de você!
Để lại một phản hồi