
Joe volta para casa com a noiva depois de deixar a mãe em um asilo, apenas para se deparar com uma visão surpreendente. Suas malas estão enfileiradas na porta, e uma nova família está se mudando para sua casa. A mãe de Joe o havia enganado, mas ele logo percebeu que ela o fizera para salvá-lo de um perigo oculto.
“Você fez a coisa certa”, sorriu a noiva de Joe enquanto acariciava sua barriga. “Sua mãe terá uma vida melhor no asilo… e podemos transformar o antigo quarto de artesanato dela em um lindo quarto de bebê.”
Joe assentiu. Se ao menos a mãe tivesse visto o coração bondoso da Emily. Mas a velhice e a doença a haviam afetado, e ele não tinha escolha a não ser decidir o que era melhor para a mãe.
Assim que Joe estacionou em frente à casa da mãe, ele notou alguns estranhos carregando móveis para dentro de casa enquanto duas meninas brincavam no gramado.
“Que diabos está acontecendo aqui?” Joe ficou tenso ao sair do carro e correr até a varanda. “Ei, quem é você… e o que está fazendo na minha casa?”, acenou para um homem.
“Você deve ser o Joe!”, respondeu o homem. “Eu sabia que você viria. Aliás, esta casa não é mais sua! Sua mãe a vendeu para nós. Aqui estão os papéis… e aqui estão as suas coisas.”
O queixo de Joe caiu. Emily zombou enquanto, com raiva, arrancava o papel da mão do homem. Joe observou o rosto de Emily ficar vermelho enquanto ela examinava a papelada.
A expressão dela dizia tudo — a mãe realmente tinha vendido a casa. Joe estava arrasado e pensou que Emily o confortaria naquele momento de maior fraqueza. Mas ela puxou a mão dele e se virou para ir embora.
“Seu idiota!”, gritou Emily. “Sua mãe te enganou bem debaixo do seu nariz… e você não tinha ideia? Está tudo arruinado agora.”
“Emily… não diga isso. Não entendo por que a mamãe fez isso. Mas ainda temos uma à outra. Podemos…”
“Chega de NÓS, seu perdedor! Esquece de mim”, Emily tirou o anel do dedo e o jogou no chão.

As palavras de Emily atingiram Joe como um saco de tijolos, e ele correu atrás dela, implorando. “Espere… e o nosso bebê?”
Emily riu dele. “Você é tão idiota! Não tem bebê nenhum. Agora sai da minha frente.”
“O qu-como assim? Emily… Emily? Pare…”, gritou Joe. Mas Emily saiu furiosa do portão e da vida dele.
Confuso e desolado, Joe sentou-se na varanda e, então, notou um envelope escondido sob uma caixa de papelão. Puxou-o e encontrou uma carta escrita com a letra cursiva da mãe.
“Caro Joe,
Sinto muito que isso tenha acontecido. Gostaria de nunca ter tomado medidas tão drásticas. Mas você não me deixou outra escolha. Tudo começou no dia em que você trouxe a Emily para casa pela primeira vez…
Algumas semanas atrás…
Nora estava descansando em sua poltrona, sorrindo educadamente enquanto tentava processar a notícia do repentino e sério caso de amor de Joe com Emily, que estava sentada ao lado dele no sofá.
“…O Joe é tão engraçado… e charmoso”, Emily riu baixinho. “Eu não consegui dizer não quando ele me convidou para ir ao parque de diversões.”
“Faz só três semanas… mas parece que nos conhecemos há séculos. Foi por isso que insisti para que Emily fosse morar comigo”, Joe olhou para Nora, com os olhos brilhando de alegria.
As palavras de Joe chocaram Nora, provocando um acesso de tosse. Ela levou alguns minutos para se recompor e se recostar na cadeira, com a máscara de oxigênio pressionada contra o rosto.
“Desculpe se isso foi um choque, mãe”, Joe acariciou o ombro de Nora. “As coisas podem parecer repentinas… mas acredite em mim… Emily é a pessoa certa para mim. Somos almas gêmeas!”
Nora se virou para Emily e deu um tapinha em sua mão. “Emily, querida, se você não se importa, pode me fazer um chá, querida? O calor acalma minha garganta. A cozinha é para lá…”
Emily assentiu e, assim que saiu da sala, Nora olhou Joe nos olhos. “Ela não é a melhor, mãe?”, ele sussurrou.
“Ela parece ser uma garota adorável. Mas você não acha que está levando as coisas um pouco rápido demais, Joey?”
“Mãe, eu entendo suas preocupações. Eu não queria te contar tudo por causa da sua saúde. Mas você merece saber… Estou planejando pedir a Emily em casamento neste fim de semana.”
O rosto de Nora empalideceu. “Este fim de semana? Mas… é muito cedo…”
“Mãe, relaxa. Foi você quem me ensinou a lutar pelo amor. Foi isso que você e o papai fizeram quando fugiram para se casar, certo?”
“Mas, Joey, isso e isso são completamente diferentes.”
“Mãe, eu amo a Emily. Não consigo viver sem ela. Por favor, confie em mim… ela será uma ótima esposa e uma nora maravilhosa.”
A decisão precipitada de Joe de levar as coisas adiante com Emily em tão pouco tempo corroeu a paz de Nora. Mas ela não pôde fazer muito para convencê-lo a mudar de ideia e concordou.
Emily se mudou no dia seguinte, e Nora ficou surpresa com o quanto elas tinham em comum. Ela e Emily passaram o primeiro dia tricotando juntas e conversando.
Mais tarde, assistiram a um documentário na TV com Joe, e o dia terminou bem para Nora, que se aninhou na cama e foi dormir, acordando assustada à meia-noite. Ela havia esquecido de tomar os comprimidos.
Nora foi na ponta dos pés até a cozinha e tomou seus comprimidos. Assim que voltou para o quarto, ouviu a voz baixa de Emily vindo do banheiro de hóspedes no corredor.
“Aquela velha e seu aparelho de oxigênio…” Nora ouviu Emily dizer. “…ela é um espinho no meu caminho… mas o Joe está completamente viciado em mim. Então, devo conseguir me livrar dela logo.”
Nora congelou, incrédula. A futura esposa aparentemente “perfeita” de seu filho falava mal dela. E como Emily planejava se livrar dela?
“Só uma conversinha fofa, e ele deveria concordar em internar a mãe num asilo. Aí, eu o expulso, e esta casa será minha!”, acrescentou Emily, dando arrepios em Nora.
Nora foi até o quarto de Joe para avisar que a noiva dele era interesseira. Mas parou, percebendo que ele jamais acreditaria nela.
Assombrada por pensamentos, Nora se refugiou em seu quarto e passou uma noite sem dormir pensando em como salvar seu filho.
“É sobre Emily…” disse Joe.
“Oh, querido, sinto muito que as coisas não tenham dado certo entre vocês dois…”
Mas Joe franziu a testa. “O quê? As coisas estão ótimas entre Emily e eu, mãe. Nunca estive tão feliz.”
“Não… eu só pensei…” Emily gaguejou.
“Na verdade, mãe…” Joe engoliu em seco. “…Emily tem administrado seu próprio negócio enquanto trabalha na agência de empregos temporários. Ela precisa de ajuda para comprar mais maquinário. Mas ela não tem condições financeiras agora. Então, eu gostaria de ajudá-la… mas só há um jeito de conseguir o dinheiro que preciso.”
O medo formou um nó no estômago de Nora. “O que foi, Joe?”
“Mãe, você sabe… sua saúde não está melhorando. Acho que você precisa de um lugar melhor, onde seja bem cuidada… Acho que está na hora de você se mudar para uma casa de repouso.”
“Mãe, vai ser confortável lá”, acrescentou Joe, apertando as mãos de Nora. “…e se você concordar em vender sua casa, posso investir esse dinheiro nos negócios da Emily. Prometo recomprar esta propriedade assim que tivermos retorno do investimento.”
Ela sentiu como se tivesse sido atingida por um raio, e lágrimas brotaram em seus olhos. “Eu não quero sair… da minha casa”, Nora ofegou.
“Mãe, só estou tentando cuidar de você. Por favor…”, implorou Joe.
Desolada e tendo percebido que Emily estava manipulando Joe nos bastidores, Nora assentiu, decepcionada.
“Vou pensar nisso, Joey. Só me dê um tempo”, disse ela.
Nora não tinha intenção de ir para a casa de repouso, mas agora sabia que havia ganhado mais tempo para expor Emily.
No dia seguinte, enquanto tricotava, Nora ouviu a porta da frente ranger. Ela espiou pela janela e viu Emily saindo. Era estranho, porque Emily não tinha avisado Nora que ia sair.
Embora Nora não dirigisse mais com tanta frequência, ela saiu atrás de Emily e a seguiu até um café no centro da cidade.
Nora estacionou do outro lado da rua e observou Emily se aproximando de um homem na entrada. Momentos depois, Nora os avistou em uma mesa perto da janela. Seu coração disparou ao ver Emily e o estranho se beijando apaixonadamente.
Ofegante, incrédula, Nora pegou o telefone e ligou para Joe.
“Joey, desculpe por te incomodar no trabalho… mas isso é importante. Pode me encontrar do lado de fora do café na esquina da Rua 3?”
Nora então começou a filmar Emily e seu amante pela janela. Mas eles já tinham terminado de se beijar e estavam apenas de mãos dadas.
“Mãe? O que está acontecendo?” Joe correu em sua direção dez minutos depois.
“Olha ali, Joey”, Nora apontou para a janela do café. “A Emily está te traindo.”
Joe virou-se para a janela e a visão o deixou louco. Cerrando o punho, ele correu para o café, seguido por Nora.
“Que diabos está acontecendo aqui??” Joe bateu na mesa, assustando Emily e seu amante. “Há quanto tempo vocês estão saindo com esse idiota pelas minhas costas?”
“O quê?? Você acha que eu estou te traindo? Como pôde, Joe?” Emily se levantou, assustada.
“Eu vi vocês se beijando”, interrompeu Nora.
“Meu Deus… ele é meu primo! Foi só um beijinho. Eu cresci em Nova York, e era assim que sempre cumprimentávamos a família.”
“Seu primo? E por que nunca ouvi falar dele?” Joe franziu a testa.
“Porque… eu trabalhei muito duro para chegar onde estou agora. Eu não queria que você soubesse da história da minha família, Joe. Se você ainda não acredita em mim, eu vou provar o quanto eu te amo.”
Emily enxugou as lágrimas e tirou um teste de gravidez positivo da bolsa.
“Eu queria te fazer uma surpresa. Você vai ser papai, Joe!”
“Pare com isso, mãe!”, a voz fria de Joe interrompeu os apelos de Nora. “Por que você insiste em provar que ela é má o tempo todo? Ela sempre foi gentil com você.”
“O quê? Não estou mentindo… Eu os vi se beijando. Ninguém beija o primo daquele jeito.”
“Querida, está tudo bem. Não seja dura com ela”, Emily segurou a mão de Joe. “Não é culpa dela… lembra que eu te disse? Ela está ficando confusa.”
“Confuso? Não ouse me dizer isso! Que outras mentiras essa víbora sussurrou para você, Joe?”, Nora se irritou.
“…parte da razão pela qual eu te pressionei tanto para te internar em um asilo”, explicou Joe a Nora. “…você precisa de cuidados adequados, mãe. Você está confusa e começou a dar sinais de senilidade. Eu te amo… e só quero o melhor para você.”
Nora estava arrasada. Qualquer coisa que ela dissesse ou fizesse agora para expor a falsificação de Emily seria ignorada como parte de sua suposta senilidade. Como Joe pôde se tornar um tolo tão ingênuo?
Nora estava encurralada, mas não derrotada. Ela odiava fazer isso, mas era sua única chance de proteger o filho do plano maligno de Emily. Ela concordou em ir para o asilo e vender sua casa. Mas, no fundo, Nora tramava uma maneira de enganar Emily.
Dias de hoje…
“…Eu só queria o melhor para você, filho. Espero que agora você tenha percebido que eu estava dizendo a verdade o tempo todo.”
Lágrimas brotaram dos olhos de Joe ao ler as últimas palavras da carta da mãe. A culpa consumiu seu coração. “Eu fui um idiota!”, gritou ele.
Joe levantou-se da varanda e correu para o asilo para encontrar sua mãe.
“Estou aqui para ver minha mãe, Sra. Brady”, disse ele à recepcionista.
“Graças a Deus você está aqui”, exclamou ela. “Estamos tentando falar com você há meia hora. Sua mãe teve insuficiência respiratória e precisou ser hospitalizada.”
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