Cheguei em casa e encontrei minha filha e minha babá desaparecidas — a etiqueta de identificação dela mostrava que ela estava no aeroporto

Cheguei em casa e encontrei silêncio.

Não do tipo pacífico. Do tipo sinistro e sobrenatural que faz seu estômago revirar.

Eu esperava ouvir desenhos animados passando, o sussurro suave da voz de Jessica lendo para Lily, ou — no mínimo — risadinhas da minha filha de cinco anos. Mas não havia nada. Apenas uma casa vazia que parecia estranha.

Deixei minha bolsa cair e gritei: “Lily? Jessica?”

Nenhuma resposta.

Primeiro, dei uma olhada na sala de estar — cobertores jogados no sofá, o coelhinho de pelúcia da Lily no chão. Mas nem sinal deles.

A cozinha? Vazia.

Subi as escadas correndo, dois degraus de cada vez, e empurrei a porta do quarto de Lily.

A cama dela estava arrumada. Seus sapatinhos sumiram.

Minha respiração ficou presa.

Procurei meu celular e liguei para Jéssica. Caiu direto na caixa postal.

De novo.

Correio de voz.

O pânico inundou minhas veias. Jéssica era uma garota responsável — uma universitária com referências excepcionais. Não tinha como ela levar Lily a lugar nenhum sem me avisar.

A menos que…

Meu peito apertou enquanto meus olhos percorriam o quarto, procurando por algo, qualquer coisa, que explicasse para onde eles tinham ido.

Foi então que percebi.

A mochila de Lily desapareceu.

Sua mochila rosa favorita. Aquela sem a qual ela nunca saía de casa.

Minhas mãos tremiam quando abri o aplicativo de rastreamento. Meses atrás, eu havia colocado um AirTag no forro daquela bolsa. Nunca pensei que precisaria dele para algo assim.

Fiquei sem fôlego quando o local apareceu.

O aeroporto.

Meu sangue gelou.

Peguei minhas chaves e saí correndo pela porta.

A viagem foi um borrão de luzes vermelhas que mal obedeci, com os nós dos dedos brancos no volante enquanto atualizava a localização a cada poucos segundos. Ainda no aeroporto.

O que diabos estava acontecendo?

Quando cheguei ao estacionamento, minha mente girava com possibilidades aterrorizantes. Sequestro. Tráfico. Jéssica sendo coagida por um estranho.

Corri para o terminal, abrindo caminho pela multidão, com os olhos procurando por algo rosa.

E então, eu vi.

Mochila da Lily.

E ela.

E Jéssica.

Mas eles não estavam sozinhos.

Um homem estava ao lado delas, uma figura alta em um terno impecável, com a mão apoiada no ombro de Lily como se pertencesse ali.

Parei no meio do caminho, com o pulso batendo forte nos ouvidos.

Não.

Não poderia ser.

“Daniel?” Minha voz falhou.

Meu ex-marido se virou, e seu sorriso era como gelo. “Surpresa em me ver, Laura?”

Eu não conseguia respirar.

Jessica olhou de um para o outro, com confusão e culpa estampadas em seu rosto.

“Que diabos vocês estão fazendo?!”, gritei, marchando em direção a eles.

O rosto de Lily se iluminou. “Mamãe!” Ela deu um passo à frente, mas Daniel a apertou com mais força.

A raiva tomou conta de mim.

“O que você pensa que está fazendo?”, sibilei, encarando Jessica. “Por que você está aqui com ele?”

Os lábios de Jessica tremeram. “Ele… ele entrou em contato comigo há alguns meses. Ele me disse…” Ela hesitou, os olhos se voltando para Daniel.

Oh, Deus.

A compreensão me atingiu como um caminhão.

Daniel a havia tocado. Alimentado suas mentiras. Convencido de que eu estava mantendo Lily longe dele por despeito.

“Ele disse que você não estava deixando ele vê-la”, continuou Jessica, a voz quase um sussurro. “Que você não estava lidando bem com isso. Que ele poderia dar a ela uma vida melhor.”

Meu estômago revirou. “Você não tem ideia do que fez.”

O rosto de Jessica caiu.

Virei-me para Daniel, com a voz cortante como uma lâmina. “Você acha que pode simplesmente pegá-la? Que eu não notaria?”

Daniel deu um sorriso irônico. “Eu não estava sequestrando ela, Laura. Eu estava levando minha filha para casa.”

“Para casa?”, cuspi. “Você quer dizer, de volta para a sua vida de controle? De volta para o homem que—”

Engoli em seco e fechei minhas mãos trêmulas em punhos.

Eu não ia deixar que ele entrasse na minha cabeça.

“Eu tenho a guarda total, Daniel. Você perdeu esse direito quando o tribunal viu o que você fez comigo.”

Sua expressão escureceu.

A máscara estava escorregando.

O olhar de Jessica passou de um para o outro, e a dúvida tomou conta de seu rosto.

“Você me disse—”

“Eu disse o que você precisava ouvir”, interrompeu Daniel suavemente. “Eu disse a verdade.”

Dei uma risada amarga. “A verdade? A verdade é que você é um canalha manipulador e violento que não suporta perder o controle.”

Ele cerrou o maxilar.

Lily choramingou. “Mamãe, eu quero ir para casa.”

Pronto.

Dei um passo à frente, me colocando entre Daniel e minha filha. “Você não vai levá-la a lugar nenhum.”

Por um momento, pensei que ele fosse embora. Que faria uma cena, mas no fim das contas perceberia que não conseguiria vencer.

Então eu vi.

A mudança em sua postura. A tensão em seus músculos. A forma como seus dedos se fechavam em punhos.

Eu conhecia essa postura.

Eu já tinha visto isso antes.

Jéssica também viu.

Sua respiração ficou ofegante e, pela primeira vez, um medo verdadeiro surgiu em seu rosto.

Ela tateou em busca do telefone.

A voz de Daniel baixou para um sussurro. “Você acha que pode mantê-la longe de mim para sempre?”

Olhei para ele. “Observe-me.”

Ele levantou a mão.

E foi aí que a segurança entrou em ação.

Vários policiais o agarraram e o puxaram para trás no momento em que sua mão descia.

Lily gritou.

Jéssica engasgou.

Mas eu me mantive firme.

Daniel se debateu, o rosto contorcido de raiva. “Sua vadia…”

“Chega!”, latiu o policial que o segurava. “Senhor, o senhor está preso.”

No momento em que ele foi contido, peguei Lily em meus braços, pressionando meus lábios em seus cabelos enquanto ela se agarrava a mim, soluçando.

Jessica ficou paralisada, com lágrimas escorrendo pelo rosto.

“Eu não sabia”, ela sussurrou. “Eu pensei… eu pensei que estava ajudando.”

Soltei um suspiro trêmulo. “Você quase a entregou para um homem que me machucou. Que a teria usado para me machucar de novo.”

Ela enxugou o rosto. “Sinto muito.”

Assenti, não pronto para perdoar, mas exausto demais para lutar.

Os policiais levaram Daniel embora, e suas ameaças desapareceram no barulho do aeroporto.

Abracei Lily, sussurrando palavras de conforto em seu ouvido, jurando que ela nunca mais teria que sentir medo.

Eu já havia lutado por ela uma vez antes.

E eu lutaria por ela mil vezes mais.

Algumas batalhas nunca terminam.

Mas e esta?

Eu ganhei.

Se você estivesse no meu lugar, o que teria feito? Conte para mim nos comentários e não esqueça de curtir e compartilhar!

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